quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Guia de sobrevivência de Buenos Aires

1. Água Olhar sempre a quantidade de sódio na água mineral. No Brasil costuma ter +- 10 mg, aqui pode beirar 200 mg. Então, quem não olha, toma água do mar. As marcas Ecko, Glaciar e Nestlé costumam ser normais. 2.Bolsa Cuidado com bolsas, carteiras, mochilas e bolsos. Aqui, pequenos furtos são rotina. É bom andar com a bolsa pra frente e evitar as mochilas, carteira: só em bolso que se pode ver. Muitas pessoas já ficaram sem dinheiro, cartões, passaporte... 3.Troco/ notas É bom conferir a quantidade e a se as notas não são falsas. As falsificações são óbvias, é só dar uma olhadinha mais atenta e já dá pra perceber. 4.Táxi Taxistas são chegados em golpes e adoram dar voltinhas pra corrida ficar mais cara. O que tem dado certo é dizer o endereço, se possível sugerir o caminho e depois não falar mais nada a corrida toda (imaginem o quanto é difícil pra mim essa parte). Dessa forma eles ficam na dúvida se somos estrangeiros e acham que estamos prestando atenção no trajeto. Se souber o caminho e explica-lo para o motorista é ainda melhor. 5.Cubierto Antes de ir a um restaurante é bom perguntar se cobram cubierto. A tradução para isso é “talheres”, mas funciona como uma taxa de serviço e algumas vezes cobram também 10%. O cubierto pode variar de 3 a 10 pesos, por pessoa. 6.Ônibus Os ônibus só aceitam moeda, então é bom sempre guardar algumas. Para comprar passagem é só avisar ao motorista e colocar as moedas na máquina, que emite passagem e também dá troco. 7.Compras (1) Mini dicionário para compras: Cuotas sin interes: parcelas sem juros Efectivo: a vista Tarjeta: cartão 8. Compras (2) -Em restaurantes algumas vezes só se aceita pagamento a vista, o ideal é perguntar antes. -Nas lojas, pode haver diferença entre o preço a vista e no cartão. -Desconto é uma palavra desconhecida por aqui, pelo menos nas lojas. O máximo que se consegue é uma cara feia. 9.Comida Aos domingos muitos restaurantes fecham, principalmente no centro. Tenedor Libre: se paga um preço e pode comer a vontade, como nos rodízios. 10.Aproveite a cidade! Eu não tenho uma décima dica. Então, fica a dica de que aproveitem tudo e se quiserem facilitar a vida, sigam as outras! Beijos

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Compartindo

Hoje fomos ao Café Havana, num momento muito bonito em que dividíamos um havannet (doce de leite com cobertura de chocolate) eu resolvo fazer um comentário. “Que lindo estamos compartindo um havannet!”. Compartindo? Pois é, o portunhol está dominando, nem português eu sei mais.

Ano Novo parte 1 - A Lasanha

O ano começou louco – de novo. No ano passado, depois da virada dormimos numa sala, usando carpete de cama e o colchão de travesseiro. Detalhe: mais de 10 pessoas, incluindo um alemão e um mexicano. Dessa vez, as coisas seriam mais normais e quase foram. O combinado era ir ao apartamento de um amigo, jantar, ir para Porto Madero pra virada e depois para alguma festa. Na hora de colocar a lasanha no forno, vem o primeiro imprevisto da noite, o forno não funcionava. E agora? Lívia tem a ideia de pedir pro vizinho! Só não se sabia qual, já que eles estavam no prédio há dois dias. Eu e Camilinha fomos bater nos apartamentos do andar: ninguém. Então fomos ao porteiro e ele contou que tinha uma festa no salão de festas. Tocamos a campainha e duas meninas abriram, a família olhou com cara de “vocês erraram o lugar”. E eu comecei com meu melhor espanhol a explicar que a gente tinha alugado o apartamento, mas que o forno não funcionava e que a gente tinha uma lasanha pra esquentar. O pai então explicou pra alguém que ele ia ver o forno do salão pra “pobrecita” (no caso, eu). Mas aí o forno lá não funcionava. Então ele pediu pro filho ir com a gente esquentar o no apartamento da família. Buscamos a lasanha, enquanto esquentávamos conversamos em espanhol. O pai foi até lá e convidou as “chicas” pra umas “copas”. Aí na hora de tirar a vasilha do forno eu resolvi colocar a mão e, claro, queimei a ponta dos dedos.

Ano Novo parte 2 - O ônibus

Quem já pegou ônibus cheio, dia primeiro de janeiro, 2h da manhã? Pois é. Nós, todos da nossa festa de ano novo. Demoramos pra jantar e acabamos virando o ano no apartamento, lá pra 1h e pouca resolvemos pegar táxi pra ir a uma festa no planetário. Táxi? Muitos na rua. Todos ocupados. A solução era juntar as moedas - porque os ônibus não aceitam notas – e ir de coletivo. Entramos, 10 pessoas, num ônibus relativamente cheio em direção a uma festa aberta no planetário. Andamos mais de 20 minutos pra chegar numa... Rave!!!! Música eletrônica, luzinhas e drogados! Era muito esquisito! Então fomos pra uma boate, ficamos até às 6h da manhã e foi a primeira vez na vida que eu consegui virar a noite no ano novo!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Bipolaridade

Viajar é bipolar. Às vezes amo, e quero ficar pra sempre. Outras vezes, eu só quero a minha casa – e a minha analista, porque isso é complicado.

Rapidinhas da semana

Ei, gente!!! Eu estou muito sumida, pq agora não tem acontecido nada muito interessante aqui em Buenos Aires. Então, vou fazer mais posts turísticos. Estou muito animada com o número de visitas, me sinto quase uma Cris Guerra, do mundo das viagens! Olha que importante: meus dois ex chefes, Luisa e Thiago, lêem o blog! Eu morro de orgulho e evito pensar que eles só façam isso pra se assegurar de que eu ainda estou bem longe dos antigos trabalhos! Ahahhahaha Brigada, gente!! Detalhe que me deixa muuuito feliz e que talvez me afaste um pouco do blog: Diorela e Jorge (amigos que conheci em Vancouver) estão vindo pra cá! Passaremos nossas segundas férias juntos. E o segundo Natal também! Espero vocês!!!
PORQUE TUDO DESCONFIGURA????? Beijo grande pra todos e obrigada pelas visitas e comentários!

Madres de Plaza de Mayo

Senhoras com lenços brancos e placas com os nomes dos desaparecidos. Todas caminham em círculo, e em silêncio, pela Plaza de Mayo, onde fica a casa Rosada. A cena - iniciada na época ditadura argentina - se repete até hoje. Como elas cantam, os ideais dos desaparecidos ainda estão vivos. E eles, desaparecidos. A caminhada pode emocionar, são mulheres que perderam seus filhos para a ditadura. E apesar da perda, buscam manter vivos os ideais de liberdades e direitos humanos, que talvez tenham sido defendidos por seus filhos, mas aos quais eles não tiveram acesso. Atualmente, a caminhada vai além da lembrança dos 30 mil desaparecidos. O movimento tem demandas atuais. Após algumas voltas na praça, uma das líderes discursa sobre um médico que querem mudar de hospital, fato que elas rechaçam. Ao chamar o responsável por isso de “hijo de la puta”, foi aplaudida*. Ela também faz questão de lembrar que as madres estão com a presidente Cristina Kirchner. Todas as quintas-feiras, as 15h30 da tarde, as senhoras se reúnem e atraem turistas interessados num protesto que já virou tradição e movimento político. É possível comprar revistas, livros e souvenires do grupo que luta até hoje pelos direitos humanos. Vale a visita pela questão história e política. E para participar de um momento de apoio a liberdade e luta contra a ditadura, cujos horrores jamais devem ser esquecidos. *Não posso descrever os atores políticos com precisão porque o discurso foi em espanhol. Serviço: Madres de Plaza de Mayo Hora: 15h30 Dia: todas as quintas-feiras Site: http://www.madres.org/ Para assistir: Filme Visões Jornalista pública matéria sobre os desaparecidos na ditadura e, em seguida, some. Seu marido começa uma busca incessante e descobre que tem poderes paranormais – ele consegue ver o que ocorre com os desaparecidos e onde eles estão.

Filminho com o grito das madres